A história antiga e a evolução da inteligência artificial
Século IV a.C: Lógica Exata
Filósofo Grego Aristóteles escreveu a lógica exata, que permite o julgamento da forma de um enunciado, permitindo perceber se ele faz sentido ou não, assim como em matemática, metafísica e ética, aspecto crucial da inteligência artificial. Hoje você pode ver a máquina em
Século XII e XIII: Supostos dispositivos falantes
Na Europa, dispositivos que respondiam às perguntas foram supostamente inventados. Os Padres Gautier de Metz e Roger Bacon foram sendo creditados como seus designers. Fato ou fantasia, esses dispositivos contribuíram para os primeiros experimentos de replicação da fala e da interação humana.
Século XV: Imprensa
Modelos de imprensa haviam a séculos, mas ninguém conseguiu produzir livros mais rápido. O alemão Johannes Gutenberg uniu o método dos chineses ao modelo de prensa de uvas, onde girava-se um torno de madeira para aplicar a pressão sobre as uvas, porém agora a pressão seria sobre o papel.
Embora não esteja diretamente relacionado à IA, foi essencial para produzir livros. Em 50 anos, 20 milhões, contribuindo para o aumento da alfabetização. O conhecimento se disseminou, vital para o desenvolvimento da IA.
Modelo no vídeo.
Século XVII: Calculadora automática
Em 1642, Blaise Pascal, filósofo e matemático francês, inventou a máquina de Pascal automática de cálculos para agilizar o trabalho de cobrar impostos de seu pai que era juiz.
Da Inglaterra de 1666, o acadêmico e matemático Sir Samuel Morland desenvolveu uma máquina aritmética.
Passados alguns anos, em 1671 o filósofo científico e matemático alemão Gottfried Wilhelm Leibniz melhorou a máquina de calcular de Pascal, especialmente para cálculos de multiplicação e divisão. Grande legado do seus estudos e de ser creditado, com Isaac Newton, pela descoberta do cálculo (cálculo diferencial e integral), auxiliando muito os conhecimentos da física.
A pascalina
Século XIX
1801: Cartão Perfurado
É construído por Joseph Marie Jacquard na França, o cartão perfurado para fazer desenho muito complicado no qual as agulhas passavam pelos pontos que estavam vazios, permitindo automatização de tecidos.
1818: Temas de vidas artificiais
Mary Shelley publicou “Frankenstein ou o Prometeu Moderno” em 1818 quando tinha apenas 19 anos, onde relata a história de Vitor Frankenstein, um estudante de ciências naturais que constrói um monstro em seu laboratório. O romance aborda temas da vida artificial e as consequências da criação de seres sencientes.
1843: Projeto Máquina Analítica
Chalés Babbage, o pai do computador Influenciado pelo soldado Johann Helfrich von Müller de 1774, onde ele descreveu em seu livro a base para a máquina diferencial que nunca foi concretizado e a máquina de Pascal. Tentou construir com Ada Lovelace, a primeira programadora do mundo uma máquina que pudesse fazer algum trabalho sozinha sem auxílio humano.
O projeto nunca foi concluído, as ferramentas da época não atendiam as necessidades. Mesmo assim já tinha arquitetura dos computadores modernos como teclado e memória interna manuseada. Hoje você pode ver a máquina em funcionamento neste vídeo!
Século XX
1936: A Máquina de Turing
Utilizada pelos britânicos na decodificação das mensagens pelos exércitos do Eixo (formado por Itália, Alemanha e Japão). Idealizado entre 36 a 37, por Alan Turing. Considerado o pai da ciência e inteligente artificial, usou na máquina todos seus modelos teóricos de aspectos lógicos e matemáticos de um computador de como deveria ser construído, seja mecânico ou eletrônico.
1943: Neurônios
Neuroanatomia Warren McCulloch e o matemático Walter Pitts publicaram nos EUA um artigo sobre como os neurônios poderiam funcionar. Este modelo abriu o caminho para processos biológicos no cérebro, enquanto a outra focada na aplicação de redes neurais à inteligência artificial.
1946: ENIAC Primeiro Computador eletrônico do mundo
Desenvolvido por uma parceria entre a Universidade da Pennsylvania (UPenn) e a Eletronic Control Company sob encomenda do exército dos Estados Unidos para cálculos balísticos do lançamento de mísseis na Segunda Guerra Mundial. Mas não ficou pronta a tempo. O monstro tinha quase dois metros de altura, pesava 30 toneladas e exigiu a sala inteira de espaço. Também foi usado na construção da primeira bomba de hidrogênio.
1950: Ética da IA
Isaac Asimov publicou as “Três Leis da Robótica” em 1950, um conjunto de diretrizes éticas para o comportamento de robôs e seres artificiais que continua influente na ética da IA.
1952: Jogo Eletrônico
Arthur Samuel aproveita os bons lances de damas diferenciados dos ruins e desenvolve um programa de autoaprendizado.
1954: Tradução automática
Parceria da Universidade Georgetown-IBM e a empresa IBM resulta na capacidade de traduzir 60 frases russas cuidadosamente selecionadas para o inglês.
1956: Termo da inteligência artificial
Durante 6 a 8 semanas em Dartmouth College (EUA) uma conferência de estudos, palestrou como máquinas podem criar linguagem, formar abstrações e conceitos, resolver problemas restritos a humanos e até melhorar elas mesmas. John McCarthy estava lá e idealizou o termo “inteligência artificial”.
1964: Computador de reconhecimento facial
Liderada por Woodrow Wledson entre 1964 e 1966, realizou experimentos para verificar se "computadores de programação" podiam reconhecer rostos humanos. Infelizmente o projeto não foi bem-sucedido, mas chamou interesse, fazendo futuras tentativas.
1965: ELIZA e Dendral
Surge ELIZA Chatbot, ferramenta que simulava uma conversa entre terapeuta e paciente.
Dendral, primeiro sistema IA especializado para analisar compostos químicos. Foi usado mais tarde para diagnóstico médico, engenharia de petróleo e investimentos financeiros.
1966 a 1969: Declínio na pesquisa em IA e redes neurais
O projeto de tradução automática foi descontinuado em 1966 porque os resultados foram ruins. Este evento, conhecido como “inverno da IA”, marca um período de declínio na pesquisa em IA.
Saltando três anos à frente, Marvin Minsky e Seymour Papert publicaram seu livro, “Perceptrons”, que critica o modelo perceptron do neurônio artificial e leva a um declínio na pesquisa em redes neurais.
1973: Segunda tentativa
Do Japão, Takeo Kanade tenta o reconhecimento fácil, porém os resultados não foram de maneira inteiramente satisfatória, o que o fez abandonar o projeto.
1973: Shakey, o primeiro robô móvel inteligente do mundo
É criado com a combinação de pesquisa, visão computacional e processamento de linguagem natural, o robô Shakey. Entre seus recursos, destaca-se a capacidade de movimentar seus membros e conversar sem precisar de instruções específicas.
Modelo Shakey
1974: Pursuit e Qwak
Jogos de voos e tiro introduziu na IA padrões de movimentos em que os jogadores tinham que atirar em alvos móveis.
1978: Space Invaders
Inspirado em Star Wars: Episódio IV – Uma Nova Esperança. O objetivo do jogo criado por Tomohiro Nishikado é destruir ondas de naves com um canhão à laser para ganhar o maior número de pontos possíveis. Seguiu o modelo de padrões de movimentos IA, porém níveis mais difíceis de movimentos aleatórios que foram pré-programados no jogo.
1980: Pac-Man
O labirinto viciante de Pac-Man criada por Toru Iwatani tem IA em seus fantasmas, personalidades diferentes sobre o modo em que caça o jogador: perseguir, espalhar, assustados e comidos.
2002: Roomba
IRobot lança o Roomba, o primeiro robô aspirador de pó doméstico produzido em massa com um sistema de navegação alimentado por IA.
2003: Actróide-DER1
Universidade de Osaka com Kokoro Company Ltd apresenta na exposição internacional de robôs, o humanoide na faixa dos 20 anos que pode reconhecer as expressões humana e interagir com elas olhando nos olhos. Também consegue movimentar a cabeça, braços, levantar e senta-se.
2005: Revolução na IA com aplicações em várias indústrias
Televisão: TiVo, empresa de aparelhos de televisão a cabo, introduz no mercado a primeira tecnologia de recomendações baseada em algoritmos de preferência.
Automobilismo: Carreira curta mais espetacular no automobilismo, Stanley (carro autônomo) vence o Desafio DARPA Grand Challenge num exigente percurso de 210 quilômetros no deserto, perto de Las Vegas, Nevada.
Educação e terapia: Para celebrar o 100º aniversário do anúncio da teoria da relatividade especial de Albert Einstein, a Universidade de Daejeon na Coreia do Sul e a equipe Hanson Robotics, desenvolveu um robô que combina um corpo mecânico com uma réplica robótica da cabeça de Albert Einstein. Seu rosto pode entender e imitar expressões faciais. Hoje, os cientistas futuramente esperam melhorar a interação entre humano e robô na terapia e educação.
Militar: Os militares americanos desenvolvem o robô quadrúpede para ajudar no transporte de equipamentos (até 150 kg) em terrenos acidentados. Mas, cancelado por omitir muito barulho para condição de combate.
2006: Actroid-DER2
A irmã mais velha tem expressões faciais aprimoradas e movimentos como poses para as fotos e saudar as pessoas no costume japonês.
2007: Internet adota streaming, reconhecimento facial é melhorado
Serviços de streaming da Netflix começaram a operar nos Estados Unidos.
Fica disponível o reconhecimento facial em 3D.
2008: Ano da voz
Google e iPhone lançam o reconhecimento de voz para pesquisas.
Streaming também é adotado na música com Spotify.
2010: IA Anti-trapaças
Epica saga de StarCraft, onde jogador encarna em tempo real um comandante espacial de uma das três raças da galáxia: os Terrans, Humanos, Protoss e Zergs. Lançou a parte 2, tendo ajuda da IA para monitorar as ações dos jogadores e identifica trapaças, como uso de hacks ou bots.
2011: Assistente Pessoal
Surge a Síria, da Apple nos sistemas operacionais Apple iOS. Configurar lembretes, marca calendários, tocar música e chamar contato estão entre as utilidades.
2012: Neurônios consegue identificar algo
Funcionários do Google desenvolvem o servidor neural “Google X”, inspirada pela estrutura e função do cérebro humano. A máquina consegue aprender o que são gatos e identificá-los em várias imagens.
2015: Ameaça Global
Figuras proeminentes como Elon Musk, Stephen Hawking e Steve Wozniak e mais de 3.000 especialistas, uniram-se em uma carta aberta para alertar os governos do mundo sobre os perigos das armas autônomas, pedindo sua proibição antes que se tornassem uma ameaça global.
2016: Sophia
Dessa vez a Hanson Robotics apresentou Sophia, robô humanoide com habilidades impressionantes. Sophia ganhou notoriedade como a primeira “cidadã–robô”, podendo perceber e replicar emoções humanas, além de se comunicar de maneira sofisticada. Ela já deu até entrevista!
2017: Linguagem Própria
Facebook lançou um experimento envolvendo dois chatbots de IA para negociar entre si. O inusitado foi que, ao se comunicarem, eles abandonaram o inglês e criaram uma linguagem própria, agindo de forma completamente autônoma e fora das expectativas humanas.
2018: E-commerce e Medicina
IA da gigante e-commerce Alibaba superou o desempenho humano em um teste de leitura e compreensão de Stanford, evidenciando a crescente capacidade da inteligência artificial de processar e interpretar excesso de texto com extrema precisão.
Na medicina o algoritmo baseado no DNA do paciente, consegue interpretar os dados e identifica as melhores opções de tratamento da doença.
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